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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

STJ: Candidata com surdez unilateral consegue liminar para entrar em vaga de deficiente



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou liminar que garantiu a uma candidata ao cargo de analista judiciário/área judiciária o direito de ser incluída provisoriamente na relação de aprovados em concurso público, em vaga destinada a deficiente físico.
Portadora de surdez unilateral, a candidata disputou concurso para analista do próprio STJ, mas foi desclassificada após perícia médica, e ingressou com mandado de segurança contra o ato do presidente do Tribunal que homologou sua desclassificação. O relator do mandado de segurança, ministro Castro Meira, concedeu a liminar. A União recorreu para a Corte Especial do STJ.
No recurso, a União buscou manter a decisão da comissão do concurso que desclassificou a candidata do certame. O argumento da comissão era que a surdez unilateral não se enquadra nas situações descritas no artigo 4º do Decreto 3.298/95, que apenas indica como deficiente auditivo a pessoa com perda bilateral superior a 41 decibéis.
Perda suficiente
A candidata sustentou interpretação sistemática dos incisos I e II do artigo 3º desse decreto, no sentido de que a perda total e irreversível da audição de um dos ouvidos é suficiente para o reconhecimento da deficiência. Para ela, o rol previsto no artigo 4º não é exaustivo, devendo ser admitidas também outras limitações que impedem o trabalho dentro dos padrões normais.
A União defendeu a interpretação estrita da lei e ressaltou que a concessão da liminar violaria o princípio da isonomia.
Ao conceder a liminar, o ministro Castro Meira havia reconhecido o risco de dano irreparável para a candidata, em razão da homologação do resultado final do concurso e da iminência da nomeação dos aprovados. Também considerou plausível a argumentação da candidata, tendo em vista vários precedentes do STJ que aceitam a surdez unilateral como espécie de deficiência incluída no conceito do Decreto 3.298.
Entre outros julgados, ele mencionou caso análogo relativo ao mesmo concurso do STJ, em que o ministro Massami Uyeda concedeu liminar para incluir provisoriamente o nome de candidato na lista de aprovados (MS 18.851).
A Corte Especial, em decisão unânime, rejeitou o recurso da União e manteve a liminar. O mérito do mandado de segurança ainda será julgado.
Fonte:
BRASIL – Coordenadoria de Editoria e Imprensa do STJ – MS 19254  - Em 28 de novembro de 2012 – Disponível em: http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=107858 Acesso em: 28 de novembro de 2012.


JMJ Rio2013: Primeira voluntária deficiente auditiva começa a trabalhar no COL

Rio de Janeiro (RV) - A primeira voluntária da comissão a trabalhar no Comitê é Vanessa Lesser, deficiente auditiva, professora do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e coordenadora da Pastoral dos Surdos da Comunidade de Nossa Senhora de Fátima, no Pechincha. A jovem começou a trabalhar nesta quarta-feira, dia 21 de novembro.
Vanessa produzirá vídeos para os deficientes auditivos, através da Língua Brasileirade Sinais (LIBRAS), e textos sobre os vídeos. O primeiro vídeo será o de “Boas-vindas”. Através da linguagem LIBRAS, Vanessa destacou que é muito importante a realização de vídeos para os deficientes auditivos porque, com este material audiovisual, eles poderão ficar por dentro do que acontece na JMJ: 
“Os deficientes auditivos se comunicam em LIBRAS e o vídeo é muito importante por causa da parte visual, da qual eles gostam muito. E, certamente, é importante que eles, como voluntários, apresentem a comunicação para outros deficientes auditivos do mundo. É isso que Deus quer”, frisou.
Para ela, ser voluntária da JMJ significa, primeiramente, cumprir a vontade de Deus e também ajudar outros deficientes auditivos. “Eu me sinto muito bem e quero, de fato, ajudar as pessoas a incentivar os jovens deficientes a ficarem entusiasmados. Tenho muita vontade de ser voluntária e sinto que essa é a vontade de Deus. Amo muito as pessoas e acredito que isso vai ser muito bom para mim” - afirmou.
(CM-JMJRio)


fonte http://www.news.va

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

I Jornada de Audiologia Infantil do INES



Pessoal, é com prazer que divulgo o evento promovido pelo INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos – abaixo.
Apesar do publico alvo serem profissionais especializados em audiologia – médicos, fonos e estudantes de fonoaudiologia – vale a pena divulgar esse tipo de evento, porque o Teste da Orelhinha é fundamental para o desenvolvimento adequado da linguagem da criança, seja através de AASI, IC ou língua de sinais, sem deixar passar a janela de neuroplasticidade, que dura até os 6 anos de idade, mas tem os primeiros 24 meses de vida como período crítico. Sem a informação de que a criança tem perda auditiva, a linguagem dela deixa de ser estimulada de maneira adquada.

O INES  realizará  nos dias 16 e 17 de Agosto de 2012 a I Jornada em Audiologia Infantil com objetivo de discutir sobre as condutas da Triagem auditiva neonatal (Teste da Orelhinha) e o diagnóstico precoce da surdez.
O evento é gratuito, mas é necessária a inscrição prévia.
Durante o evento será realizado, o “Workshop das rotinas da Divisão de Audiologia do INES” com observação em tempo real das avaliações realizadas nos pacientes.
Qualquer dúvida, entre em contato com o tel (21) 2285-6263 ou (21) 2285-7546 ramal 126  – Divisão de Audiologia do INES
As inscrições são feitas pelo site : www.ines.gov.br 
Quem tiver interesse na programação, é só baixar o pdf.

sábado, 17 de março de 2012

Pirâmide Alimentar para Crianças de 2 a 3 anos

RESUMO

Com a finalidade de promover orientação nutricional e hábitos alimentares saudáveis para crianças de 2 a 3 anos de idade, fez-se a adaptação da Pirâmide Alimentar. A pirâmide foi baseada em dieta padrão (1300kcal) com seis refeições, calculada de acordo com as recomendações para a idade. As porções e os equivalentes foram estabelecidos de acordo com o total de energia de cada alimento utilizando-se o software Virtual Nutri. Foi avaliada a distribuição percentual dos macronutrientes em relação ao valor energético total, obtendo-se 15% para proteínas, 59% para carboidratos e 26% para lipídios. Foram calculados ainda os valores para ferro total e ferro biodisponível. Os alimentos estão organizados em oito grupos: arroz, pão, massa, batata, mandioca (5 porções), verduras e legumes (3 porções), frutas (3 porções), carnes e ovos (2 porções), leite, queijo e iogurte (3 porções), feijões (1 porção), óleos e gorduras (1 porção) e açúcares e doces (1 porção). A pirâmide alimentar apresenta-se como um instrumento importante para orientação nutricional, servindo como guia para o planejamento de uma alimentação saudável para crianças de 2 a 3 anos de idade.
Termo de indexação: criança, dieta, hábitos alimentares, pirâmide alimentar.


INTRODUÇÃO

Nos primeiros anos de vida, é essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança uma alimentação qualitativa e quantitativamente adequada, pois ela proporciona ao organismo a energia e os nutrientes necessários para o bom desempenho de suas funções e para a manutenção de um bom estado de saúde1. As práticas alimentares são adquiridas durante toda a vida, destacando-se os primeiros anos como um período muito importante para o estabelecimento de hábitos alimentares que promovam a saúde do indivíduo.
Para as crianças entre 2 e 3 anos de idade, a alimentação deve ser capaz de suprir as demandas de macro e micronutrientes2. A necessidade de maior cuidado em relação à alimentação deste grupo decorre principalmente do fato de nessa faixa etária ocorrer a incorporação de novos hábitos alimentares, implicando o conhecimento de novos sabores, texturas e cores, experiências sensoriais que influenciarão diretamente o padrão alimentar a ser adotado pelo infante3. Durante este período, a alimentação da criança pode ser a mesma da família, com algumas adaptações em relação à forma de preparo e apresentação dos alimentos de acordo com a idade3,4.
As crianças com 2 e 3 anos de idade apresentam maior estabilidade no crescimento, devido à diminuição da velocidade de ganho de peso e estatura, o que condiciona diminuição do apetite. Por isso, as demandas de energia e de proteínas por quilo de peso diminuem em comparação com as necessidades durante o primeiro ano de vida2.
Nesta fase, o infante está desenvolvendo sua coordenação motora, com destaque à aquisição da capacidade de se alimentar sozinho. O estabelecimento de horários regulares para as refeições e a seleção de utensílios (copos, pratos e talheres) adequados para cada idade apresentam-se como condição importante para a aceitação e experimentação dos alimentos. Os lanches, como refeições intermediárias, devem ser saudáveis, pois nesta idade os hábitos alimentares estão em formação2,4.
O apetite da criança de 2 a 3 anos é irregular e pode variar de um dia para o outro. Assim, em um dia ela pode aceitar determinado alimento e no outro recusá-lo, atitude que pode originar ansiedade na família e nas pessoas responsáveis pelo seu cuidado5.
Recomenda-se fazer a introdução de novos alimentos e preparações de forma gradual, respeitando-se os interesses da criança e auxiliando no aprendizado do consumo de uma dieta equilibrada. A criança, ao experimentar e aceitar o alimento, apresenta uma grande chance de aprová-lo e incluí-lo em seus hábitos alimentares4,6.
Conduzir de forma apropriada a alimentação da criança requer cuidados relacionados aos aspectos sensoriais (apresentação visual, cores, formatos atrativos), à forma de preparo dos alimentos (temperos suaves, preparações simples e alimentos básicos), às porções adequadas à capacidade gástrica restrita e ao ambiente onde serão realizadas as refeições, que são fatores a serem considerados, visando a satisfação de necessidades nutricionais, emocionais e sociais, para a promoção de uma qualidade de vida saudável4,6.
A alimentação, envolvida por emoções e sensações, apresenta-se como um ato de convívio social, no qual os alimentos são fortes representações psicológicas criadas em cada indivíduo, a partir do seu relacionamento único e intransferível com os produtos a serem ingeridos por ele. Essas experiências são conduzidas desde o nascimento, com o aleitamento materno e, posteriormente, com ações e reações diante dos alimentos, e influenciadas constantemente pela forma como eles são oferecidos.
A criança deve consumir a quantidade de alimento necessária para alcançar seu potencial genético de crescimento. O tamanho corporal a ser alcançado na vida adulta não é de primordial importância; entretanto, o atraso no crescimento, devido às circunstâncias nutricionais e ambientais, está associado com maiores taxas de morbidade e mortalidade, com deficiências no aprendizado e com menor capacidade física e intelectual na vida adulta6.
As fases da vida pré-escolar e escolar e da adolescência são excelentes momentos para uma orientação nutricional ativa e participativa, portanto, a alimentação deve ser saudável e adequada a cada uma destas fases, respeitando-se as características individuais6,7.
Com a finalidade de orientar a população, são estabelecidos os guias alimentares, os quais devem ser entendidos como instrumentos educativos, para orientação nutricional e alimentar, que, baseados nas recomendações nutricionais, nos hábitos e nos comportamentos alimentares, informam os indivíduos sobre a seleção, a forma e a quantidade de alimentos a ser consumida. Diversos países têm apresentado guias de acordo com seus hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos e necessidades nutricionais dos diferentes grupos populacionais8.
Os guias alimentares são expressos na forma de ícones (pirâmides, arco-íris, e outros), com os grupos de alimentos representados por figuras, em diferentes níveis, e com o estabelecimento das porções para o consumo. As medidas caseiras, os pesos em gramas e os equivalentes em energia dos diferentes alimentos consumidos em refeições representam as orientações básicas para uma alimentação saudável. Peña & Molina (1998)9 também descrevem o Guia Alimentar como "instrumento educativo que adapta os conhecimentos científicos sobre requerimentos nutricionais e composição de alimentos em mensagens práticas que facilitam a diferentes pessoas a seleção e o consumo de alimentos saudáveis".
Considerando a complexidade dos fatores envolvidos na alimentação das crianças de 2 a 3 anos e as dificuldades na oferta de uma dieta adequada, deve ser enfatizado o papel fundamental dos pais, educadores e profissionais da área da saúde na formação de bons hábitos alimentares e na construção de uma atitude madura da criança em relação aos alimentos. Assim, surgiu a necessidade de desenvolver um instrumento para orientação nutricional, baseado na proposta da Pirâmide Alimentar, que fosse adaptado às crianças entre 2 e 3 anos de idade.

CASUÍSTICA E MÉTODOS

A partir da Pirâmide Alimentar adaptada para a população brasileira foram desenvolvidas outras pirâmides alimentares6,8,10-13. Esta pirâmide para crianças de 2 a 3 anos de idade foi baseada em dieta padrão planejada para esta faixa etária, contendo os alimentos mais comumente consumidos.
A quantidade de dieta de 1300kcal foi calculada de acordo com a recomendação14 para indivíduos nessa idade, estabelecendo-se as porções em função dos grupos dos alimentos (cereais, leguminosas, hortaliças, frutas, leite, carnes e ovos, açúcares e gorduras). O tamanho das porções foi adaptado de acordo com a faixa etária, considerando-se a limitada capacidade gástrica das crianças nessa idade.
A dieta foi elaborada com alimentos típicos e do hábito alimentar, distribuídos em seis refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite).
O cálculo da dieta padrão foi realizado utilizando-se o software "Virtual Nutri"15 que possui informações de alimentos in natura; de preparações com alimentos básicos da dieta, realizadas no Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; de alimentos industrializados, cujos dados foram obtidos diretamente nos Centros de Informação ao Consumidor das empresas e através de coleta dos dados expressos nos rótulos de embalagens.
As porções foram estabelecidas por refeição, de acordo com o total de energia de cada alimento e da dieta (1300kcal), respeitando-se o número de porções de cada grupo.
Foram elaboradas tabelas de alimentos com os equivalentes (em energia) de cada nível da pirâmide, com as respectivas porções em medidas caseiras e em gramas, possibilitando as indicações para as substituições. 

RESULTADOS

Foi avaliada a distribuição percentual dos macronutrientes em relação à dieta estabelecida de 1300kcal, obtendo-se 15% para proteínas, 59% para carboidratos e 26% para lipídios. Cabe destacar que todos os nutrientes encontram-se dentro dos intervalos preconizados: proteína – 10% a 15%, carboidrato – 50% a 60% e lipídio – 20% a 30%6.
Os alimentos componentes da dieta (Tabela 1) foram distribuídos em seis refeições, especificando-se os pesos em gramas, as medidas caseiras, as porções e os grupos a que pertencem de acordo com os níveis da pirâmide. 

Tabela por dia
Decidiu-se empregar a estrutura da pirâmide, considerando-se a experiência bem sucedida de sua utilização e indicação para orientação nutricional de indivíduos adultos, pois expressa de forma clara como escolher os alimentos que devem ser consumidos.
A pirâmide infantil foi dividida, então, em quatro níveis:
Primeiro nível: Grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca:constituído por cereais, tubérculos e raízes, fontes de carboidratos; contribui com a maior parte das calorias da dieta – 5 porções, sendo pelo menos uma de grãos integrais.
Segundo nível:Grupo das verduras e legumes e Grupo das frutas:fontes de vitaminas e minerais – 3 porções.
Terceiro nível:Grupo do leite, queijo e iogurte:fontes de proteínas, cálcio e vitaminas – 3 porções; Grupo das carnes e ovos:alimentos fontes de proteínas, ferro e vitaminas; inclui carne bovina e suína, aves, peixes e frutos do mar, vísceras e ovos – 2 porções; Grupo dos feijões: inclui feijão, soja, ervilha, grão de bico, fava e amendoim; alimentos fontes de proteína vegetal – 1 porção.
Quarto nível: Grupo dos óleos e gorduras (margarina/manteiga, óleo) e Grupo dos açúcares e doces (doces, mel e açúcares): fontes de gorduras e carboidratos, respectivamente; os alimentos destes grupos devem ser consumidos com moderação, pois se encontram no topo e em todos os outros níveis da pirâmide, estando presentes na composição e preparação dos alimentos – 1 porção.
Os oito grupos foram compostos com alimentos semelhantes (Figura 1) e foi definido o número de porções diárias para cada grupo (os valores das porções estão de acordo com a dieta padrão calculada).

Com relação à distribuição das refeições, 19% do valor calórico total (VCT) diário se concentra no café da manhã, 23% no almoço e 24% no jantar. O restante se distribui entre os lanches intermediários, sendo cerca de 10% em cada um. Esta distribuição não segue aquela recomendada para adultos6, considerando-se que as calorias devem ser distribuídas mais homogeneamente durante o dia, não se concentrando apenas nas refeições principais.
Foi realizado o cálculo do ferro biodisponível da dieta apresentada (1300kcal), aplicando-se o modelo teórico proposto por Monsen & Balintfy (1982)16, onde é considerada como fator estimulante da absorção do ferro a presença de carne e vitamina C nas refeições17. De acordo com os valores obtidos por refeição e o total diário (Tabela 2), a dieta proposta atinge 91,10% do valor recomendado para o ferro total (10mg) e 112,86% para o ferro biodisponível (0,7mg), para crianças de 2 a 3 anos14.

Para cada grupo da pirâmide, foram estabelecidas as porções dos alimentos equivalentes em energia, cujos valores foram obtidos no software "Virtual Nutri"15. Para a elaboração dos equivalentes, os componentes da dieta tiveram seus valores energéticos fixados em função da quantidade presente. Os oito grupos da pirâmide com os respectivos alimentos e seus equivalentes em porções (medidas caseiras e gramas) foram relacionados (Anexos 1 a 8) com o objetivo de definir produtos substitutos para os componentes de uma dieta qualitativa e quantitativamente equilibrada e especificar seus equivalentes em energia, além de facilitar o entendimento e a transmissão das orientações em termos do tamanho das porções.
Visando complementar a orientação nutricional, baseada na pirâmide alimentar infantil, foram definidas algumas recomendações básicas: escolher uma dieta variada com alimentos de todos os grupos da pirâmide; dar preferência aos vegetais como frutas, verduras e legumes; ficar atento ao modo de preparo dos alimentos, procurando facilitar a mastigação e deglutição pelas crianças e dando prioridade aos alimentos em sua forma natural e às preparações assadas, cozidas em água ou vapor e grelhadas; apresentar as preparações culinárias de maneira a atrair a atenção das crianças; ler os rótulos dos alimentos infantis industrializados para conhecer o valor nutritivo do alimento e o modo de preparo; introduzir novos alimentos e preparações de forma gradual e insistente, para que a criança possa aprovar e incluir em seus hábitos alimentares; utilizar açúcares, doces, sal e alimentos ricos em sódio com moderação; consumir alimentos com baixo teor de gordura, dando preferência às carnes magras; usar gorduras poliinsaturadas encontradas em óleos vegetais (girassol, milho, canola e soja). 

DISCUSSÃO

A discussão pode ser conduzida sob dois aspectos: um referente aos grupos e quantidades de alimentos propostos na dieta das crianças de 2 a 3 anos e outro sobre a presença e necessidade de guias alimentares para a população infantil.
Foi necessária a adequação do tamanho da porção ao consumo habitual, às variações com relação ao apetite, bem como à limitada capacidade gástrica das crianças de 2 a 3 anos, considerando-se que porção é a quantidade de alimento em sua forma usual de consumo, estabelecida a partir das necessidades nutricionais de cada grupo etário6. Assim, o tamanho das porções mostra-se menor quando comparado com as quantidades para adultos no tocante à maioria dos grupos de alimentos, mantendo-se inalterado apenas para o Grupo das frutas e para o Grupo do leite, queijo e iogurte.
O leite mereceu atenção especial pelo fato de ser fonte de cálcio, micronutriente importante em todas as fases da vida e essencial durante a infância para a mineralização óssea e manutenção do crescimento ósseo. Com porções diárias de leite consegue-se, em média, 800mg de cálcio, suficientes para cobrir as necessidades exigidas para crianças14.
Os óleos, as gorduras, os açúcares e os doces devem ter seu consumo moderado, uma vez que já existem de forma natural, de composição ou de adição, em vários alimentos e preparações. As legendas para óleos (gota) e açúcares (cubo) estão distribuídas por todos os níveis da pirâmide5.
É recente a discussão sobre a presença de guias alimentares nos países da América Latina e a necessidade de desenvolvê-los e implementá-los. Os estudos tiveram início a partir de 1992, com a Conferência Mundial de Nutrição em Roma18.
Em 1994, o México e a Venezuela eram os únicos países da América Latina que já possuíam guias alimentares formulados. A Costa Rica iniciou o processo no mesmo ano com um diagnóstico epidemiológico da população e posterior elaboração dos guias alimentares. Alguns países elaboraram, validaram e reproduziram seus guias alimentares, os quais estão em processo de implementação, como Chile, Costa Rica, Guatemala, Panamá e Venezuela18.
A maioria dos países mencionados desenvolveram os guias alimentares para a população adulta e saudável18. A inexistência de guias específicos para a população infantil se deve à dificuldade nas adaptações dos conteúdos, das mensagens e das porções de alimentos expressas, com o propósito de torná-los compreensíveis e motivadores.
No Chile, Yañez et al. (2000)19, com a finalidade de facilitar o uso da Pirâmide Alimentar, validaram estes instrumentos para crianças em idade escolar. Na Argentina, no ano de 2000, foram desenvolvidos Guias Alimentares para a população adulta saudável e recomendou-se a definição de guias específicos para menores de 2 anos.
No Brasil, um esforço conjunto do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e de universidades produziu um guia alimentar para crianças de 6 a 24 meses, considerando o perfil epidemiológico e os hábitos alimentares desta população20.
Mesmo com poucos trabalhos publicados na área de guias alimentares infantis, é válida a discussão dos presentes resultados, com relação a grupos, tipos de alimentos e preparações, formas usuais de consumo e tamanho das porções. Ressalta-se que o guia descrito nesta pesquisa necessita de validação e implementação, fases enfaticamente recomendadas pelos organismos internacionais. 

CONCLUSÃO

A pirâmide alimentar desenvolvida para crianças de 2 a 3 anos de idade apresenta-se como um instrumento para orientação de pais, educadores e profissionais da área da saúde sobre a melhor forma de conduzir a alimentação infantil, servindo como guia para uma alimentação saudável.
Para a elaboração da pirâmide alimentar foram considerados fatores como a disponibilidade e a presença de alimentos que fazem parte do hábito dos brasileiros, contribuindo para o processo de adaptação da criança ao consumo alimentar da família. O tamanho das porções está adaptado às características da idade da criança, às variações do apetite e à limitada capacidade gástrica, possibilitando também fácil entendimento e aplicação.
É importante que a pirâmide alimentar seja sempre avaliada e adaptada em função dos objetivos aos quais se destina e da população a ser atingida, respeitando-se a disponibilidade de alimentos regionais e os hábitos alimentares, pois assim ela pode se tornar um guia prático de orientação nutricional.
Fonte:http://www.rgnutri.com.br/

Divulgar - Alarme vibração para carro

direitosurdo@hotmail.com

FENEIS/SP - "Aprenda a cuidar do seu dinheiro" LIBRAS

http://www.notisurdo.com.br 

24/03/2012

Oficina para jovens, surdos, deficientes auditivos e ouvintes:



“Aprenda cuidar de seu dinheiro”


Como ampliar as percepções sobre a visão financeira no cotidiano e quais os impactos na qualidade de vida. Todos aprenderão a identificar seu perfil financeiro, e também a recuperar sua vida financeira e realizar seus sonhos.
Apresentação: Oficina realizada 100% em Língua Brasileira de Sinais. Não haverá intérprete.
Dia: 24 de Março de 2012, sábado
Horário: Manhã (09h00 às 12h00) ou Tarde (13h30 às 16h30)
Local: FENEIS – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos
Rua das Azaléas, 138 - Mirandópolis (próxima estação do metrô Praça de Árvore) - São Paulo/SP
Valor: R$ 30,00 (trinta reais)
Inscrição:
Preencher a ficha da Feneis e colocar no campo outras o nome do curso “Aprenda cuidar de seu dinheiro” e fazer o pagamento na FENEIS, aceitamos cartão débito, cheque e dinheiro. (horário de funcionamento: segunda à sexta-feira: das 08h às 12h/13h às 17h e terças e quintas-feiras (noite): 18h às 21h
Palestrante: Claudia Hayakawa, Surda, Fotografa, Tradutora e Apresentadora de Turismo, Graduada em Gastronomia, Instrutora de LIBRAS pela FENEIS, Membro do Movimento Nacional de Jovens Surdos - FENEIS, Representante do Movimento de Jovens Surdos do Estado de São Paulo - FENEIS/SP e autora do blog http://omundonaminhamochila.wordpress.com. Experiência em controle financeiro, participou dos cursos da Bovespa e pesquisou em vários livros financeiros.
Contato: (11) 2574-9151 Fax: 5549-3798 - jovenssurdossp@feneissp.org.br
anexo:

sexta-feira, 16 de março de 2012

"Audiência" Acessibilidade dos surdos à linguagem política

 Por: Luísa Roig Martins
luisa@diariopopular.com.br

Na manhã deste sábado (10), parte da comunidade surda de Pelotas participou de audiência pública que debateu a acessibilidade dos surdos à linguagem legislativa na Câmara de Vereadores. A reunião presidida por Ivan Duarte (PT) – o único vereador presente, aliás - foi sugestão da equipe de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais, após registrar queixas recorrentes dos surdos em relação à (falta de) clareza na tradução de termos específicos e jargões políticos.

Segundo uma das intérpretes, Joseane Viana, a origem do problema está na educação básica, que não proporciona base sólida de conhecimento político – seja para surdos ou não. “Muita gente não tem familiaridade com os processos da Câmara. Não sabem o que os vereadores fazem, por exemplo”, diz ela, salientando que a ideia é promover, durante o ano, uma série de palestras explicativas na Câmara de Vereadores, especialmente dedicadas à comunidade surda.

Duarte afirmou que a audiência também foi impulsionada pela necessidade de uma maior integração entre os surdos e a Câmara. “É preciso esclarecer conceitos políticos utilizados por funcionários, vereadores e apresentadores da TV Câmara. Queremos a plena inclusão dos surdos nessa esfera do conhecimento”.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sinais Básico de Libras no cotidiano

Sinais de Libras usados em escola de transito

Movimentações financeiras em banco

Conectados as redes sociais

Objetos em um restaurante

Sinais relacionados a biblioteca

Na compra de eletrodoméstico

Esporte Radicais
Expressão e sentimentos


domingo, 5 de fevereiro de 2012

SMS emergência para deficiente auditivo em SP

A partir de 1º de Dezembro de 2011 a Polícia Militar de São Paulo passa a atender pessoas deficientes auditivas por meio do SMS Emergência. Saiba como utilizar este serviço.
Polícia Militar, compromisso com o cidadão.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Único padre deficiente auditivo do Brasil celebra missa em Jacareí - SP

Com a ajuda de um intérprete, quem não tem nenhuma deficiência auditiva também pôde acompanhar a celebração. Assista a reportagem
Todo domingo tem missa dedicada aos deficientes auditivos, em Jacareí. Neste, foi diferente. Com a ajuda de um intérprete, quem não tem nenhuma deficiência auditiva também pôde acompanhar a missa celebrada pelo único padre surdo do Brasil.

As missas dedicadas aos surdos em Jacareí são celebradas todos os domingos as 9h, na Igreja do Carmo. Em São José dos Campos, ela é realizada todo último domingo do mês, na catedral São Dimas.

Assista a reportagem de Bruno Pellegrine e Kadu Reis

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Carnaval 2012 - Ingressos pela metade do preço para deficientes rm SP



De 10 de janeiro a 10 de fevereiro, haverá cadastramento de pessoas com deficiência para compra de ingressos pela metade do preço. A ação ocorrerá na Ouvidoria da São Paulo Turismo, Av. Olavo Fontoura 1209, Parque Anhembi Portão 31, com expediente de segunda a sexta, das 9h às 17h, tel. (11) 2226-0431.
Aos que não tiverem se cadastrado em 2011 ou perderam a sua carteirinha e comparecerem ao local, a Ouvidoria providenciará um documento especial (carteirinha) para a compra do ingresso, que custará metade do preço original e serão vendidos pela Ingresso Fácil na bilheteria do Anhembi. Para adquirirem tal benefício, deverão trazer RG original, duas fotos 3x4 e laudo médico. As carteirinhas são válidas por dois anos.
O transporte durante o Carnaval será feito pelo Atende, da Prefeitura de São Paulo. Veja abaixo os locais onde haverá o serviço:
- Metrô Portuguesa Tietê até o Sambódromo
- Metrô Barra Funda até o Sambódromo
- Pavilhão do Anhembi até o Sambódromo (linha interna)
- Estacionamento do PAMA até o Sambódromo (linha ligando o campo de marte até o sambódromo)
Após o dia 10 de fevereiro, as pessoas com deficiência poderão comprar ingresso, porém sem desconto e de acordo com a disponibilidade. Acompanhantes não são favorecidos de desconto na compra do ingresso.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Benefícios fiscais na compra de carro pra deficientes auditivos


As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda e os autistas gozam de isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de veículos automotores, diretamente ou por intermédio de representante legal (inclusive curadores, no caso de interditos). Esse benefício fiscal e os requisitos para sua fruição estão previstos na Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, com redação dada pela Lei nº 10.690, de 16 de junho de 2003, e pela Lei nº 10.754, de 31 de outubro de 2003.
As pessoas portadoras de deficiência auditiva podem conduzir veículos em diversas categorias, podendo haver algumas restrições (quanto às categorias nas quais possam ser habilitadas) ou exigências (tais como o uso de prótese auditiva ou equipagem do veículo com espelhos) variáveis conforme o grau de acuidade auditiva verificado em cada caso, conforme dispõe a Resolução nº 80, de 19 de novembro de 1998, do Conselho Nacional de Trânsito.
Nosso ordenamento jurídico prevê a concessão de benefícios fiscais a pessoas portadoras de deficiência, para facilitar a aquisição de equipamentos que facilitem sua integração social ou para sopesar, ainda que timidamente, algumas das dificuldades que essas pessoas ainda hoje enfrentam em nossa sociedade. Caso o deficiente auditivo possua habilitação, ou disponha de pessoa que conduza seu veículo, não há razão que justifique a não-concessão dos mesmos benefícios fiscais de que gozam pessoas portadoras de outras deficiências para a aquisição de veículos.
Tramita no Senado Projeto de Lei nº 17, de 2004 (PLS 17/2004), que inclui as pessoas portadoras de deficiência auditiva no rol dos beneficiários da isenção de IPI na aquisição de veículos, mediante alteração do inciso IV do art. 1º da Lei nº 8.989/95. Esse projeto considera, em sua justificativa, que a não-inclusão das pessoas portadoras de deficiência auditiva entre as beneficiadas pela referida isenção seja devida a omissão involuntária, facilmente corrigível pela via que propõe. Todavia, cumpre alertar que o PLS 17/2004 não define o grau de deficiência auditiva que tornaria o seu portador apto a gozar do benefício fiscal em questão, sendo prudente atribuir essa competência ao Ministério da Saúde ou ao Conselho Nacional de Trânsito.

Inscrições abertas para curso gratuito de Libras em Caruaru – PE

A partir do dia cinco de fevereiro, o CAPD (Centro de Atendimento às Pessoas com Deficiência) oferecerá um curso de Libras(língua brasileira de sinais) em CaruaruSite externo., no Agreste de Pernambuco. O curso – gratuito – terá a duração de cinco meses, com aulas às segundas-feiras, das 13h às 16h, e às quartas-feiras, das 8h às 11h e das 13h às 16h. Os interessados em se matricular, devem se dirigir à sede do CAPD – que fica na rua Deolindo Tavares, 191, bairro Maurício de Nassau.
Podem participar servidores da Prefeitura; professores das redes municipal e estadual de Caruaru; familiares de deficientes auditivos ou pessoas do convívio destes; agentes da Destra; arte-educadores da saúde; recepcionistas de hospitais públicos, além de membros de instituições especializadas que trabalham na área da deficiência auditiva.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Políticas Sociais de Caruaru – responsável pela promoção do curso, o objetivo é promoveracessibilidade aos surdos, que passarão a ser atendidos por pessoas capacitadas na língua de sinais, nas mais diversas instituições sociais.
Documentos necessários:
Xerox do RG e do CPF
Xerox do comprovante de residência
Fonte: Vida Mais Livre

O Centro Dramático Nacional encena um teatro legendado para deficientes auditivos – Madri

Neste teatro se pode desfrutar da obra Woyzeck de Georg Büchner, na versão de Juan Mayorga e dirigida por Gerardo Vera, em uma função acessível às pessoas com deficiência auditiva. Esta representação acessível foi promovida dentro da colaboração entre CESyA e o Centro Dramático Nacional que programa pela primeira vez uma função legendada para surdos em seus teatros, graças à contribuição tecnológica da Universidade Carlos III de Madrid pelo sistema de legendagem UC3MTitling.
Pela primeira vez, uma função de teatro contará com legendas ao vivo para que as pessoas com deficiência auditiva possam desfrutar da montagem em igualdade de condições ao resto dos espectadores, dentro da programação regular do teatro.
Este acordo faz parte do trabalho de conscientização social e de ação para uma cultura acessível desenvolvida pela CESyA em parceria, neste caso, com o Centro Dramático Nacional, como tem feito com outras entidades como a Academia de Ciências e Artes Cinematográficas ou diversas entidades museológicas. Esta função acessível a pessoas com deficiência auditiva através de legendas será a primeira enquadrado em uma colaboração que pretende estabelecer funções regulares deste tipo para a temporada 2011-2012 da programação do Centro Dramático Nacional. Devemos lembrar também que o Teatro Maria Guerrero também tem um circuito magnético.
CESyA é um centro sob o patrocínio real sobre Deficiência – Ministério da Saúde, Política Social e Igualdade, cujo projeto multidisciplinar é promover a acessibilidade no ambiente dos meios audiovisuais, através dos serviços de audiodescrição e legendagem.
Entre seus objetivos, podemos destacar a criação e gestão de um serviço de banco de dados que contenha referências do material audiodescrito e legendado disponível, a coordenação de ações de investigação e formação homologada e a contribuição em iniciativas de normatização, comunicação e sensibilização social sobre acessibilidade audiovisual.
Fonte:http://www.acessibilidadeinclusiva.com.br

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Videoteca – Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito

Banner: Videoteca Cinema Nacional Legendado
O Projeto “Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito – Versão Videoteca” tem como objetivo fundamental garantir, por meio do cinema, a difusão da cultura brasileira para pessoas surdas e cegas do país. O projeto consiste na legendagem e narração de 30 filmes nacionais, já disponíveis em vídeo, utilizando as tecnologias de closed caption e audiodescrição. No total, serão produzidos 200 kits: 100 kits com closed caption, que serão distribuídos para 100 entidades pré-selecionadas envolvidas diretamente com o surdo; e 100 kits com audiodescrição, distribuídos para 100 entidades pré-selecionadas envolvidas diretamente com o cego. A distribuição desses 200 kits será gratuita, e todos os estados brasileiros serão contemplados.
Criado e desenvolvido em 2006, sendo realizado também em 2007, o projeto abriu as portas do cinema nacional para um novo público – cerca de 6 milhões de surdos no Brasil, segundo IBGE em 2000 – permitindo às pessoas com deficiência auditiva o acesso às grandes realizações do cinema brasileiro. Nesse terceiro ano do projeto, o alcance da informação foi ampliado a fim de que os cegos brasileiros – mais de 16 milhões, segundo IBGE em 2000 –, pudessem usufruir um pouco da cultura nacional de forma prazerosa e independente.
Por ser um projeto incentivado pelo Ministério da Cultura (Lei Rouanet), a busca por patrocínio não se estendeu por muito tempo. Em suas duas primeiras edições (2006 e 2007), o projeto contou com o apoio e patrocínio da Petrobras, sendo apontado como destaque no seu balanço social, simbolizando um dos projetos mais importantes na área da acessibilidade.
Pelo atraso ocorrido na renovação do Projeto junto ao MinC, a Petrobrás não teve como incluí-lo para o ano de 2008, pois já havia-se encerrado o prazo para inscrições.
Mas a terceira edição do projeto "Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito – Versão Videoteca" (a primeira com audiodescrição) foi aprovada e, mais uma vez, patrocinada pela Petrobras.
Os kits já foram entregues às instutuições contempladas e o público já se manifesta agradecendo a oportunidade e parabenizando a iniciativa.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Turismólogo foi reconhecido pelo governo




Antes de ler a matéria abaixo, é importante fazer uma reflexão na grafia da Lei que diz “reconhecer”, e não “regulamentar. Muitas notícias vem circulando erroneamente dizendo que a profissão foi regulamentada. Observando que dentre os profissionais mais ativos no trabalho pela acessibilidade e inclusão no turismo, Ricardo Shimosakai, Diretor da Turismo Adaptado, é um autêntico turismólogo.

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 12.591 que reconhece a profissão de turismólogo no país. No entanto, o texto sancionado vetou três artigos que previam exigências para o exercício da profissão, como diploma e registro em órgão competente. O decreto foi publicado no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (19).

O artigo 1º exigia que a profissão de turismólogo fosse exercida pelos diplomados em curso superior de bacharelado em turismo, ou em hotelaria, ministrados por estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos em todo território nacional; pelos diplomados em curso similar ministrado por estabelecimentos equivalentes no exterior, após a revalidação do diploma; por não diplomados que exercessem as atividades de turismólogo ininterruptamente há, pelo menos, 5 anos.

O artigo 3º exigia registro em órgão federal competente mediante apresentação de documento comprobatório da conclusão dos cursos de turismo, hotelaria ou similares, ou comprovação do exercício das atividades de turismólogo, e carteira de trabalho expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O artigo 4º estabelecia que a comprovação do exercício da profissão deveria ser no prazo de 180 dias, a contar da publicação da lei.

No despacho para justificar os vetos, a presidente alega o seguinte: “A Constituição, em seu art. 5o, inciso XIII, assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, cabendo a imposição de restrições apenas quando houver a possibilidade de ocorrer algum dano à sociedade.”

A lei manteve apenas o artigo 2º, que trata das atividades do turismólogo.

Veja a a Lei na íntregra abaico, ou acesse o link do Diário Oficial da União:

LEI Nº 12.591, DE 18 DE JANEIRO DE 2012
Reconhece a profissão de Turismólogo e disciplina o seu exercício

A P R E S I D E N T A D A R E P Ú B L I C A
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o ( VETADO).
Art. 2o Consideram-se atividades do Turismólogo:
I – planejar, organizar, dirigir, controlar, gerir e operacionalizar instituições e estabelecimentos ligados ao turismo;
II – coordenar e orientar trabalhos de seleção e classificação de locais e áreas de interesse turístico, visando ao adequado aproveitamento dos recursos naturais e culturais, de acordo com sua natureza geográfica, histórica, artística e cultural, bem como realizar estudos de viabilidade econômica ou técnica;
III – atuar como responsável técnico em empreendimentos que tenham o turismo e o lazer como seu objetivo social ou estatutário;
IV – diagnosticar as potencialidades e as deficiências para o desenvolvimento do turismo nos Municípios, regiões e Estados da Federação;
V – formular e implantar prognósticos e proposições para o desenvolvimento do turismo nos Municípios, regiões e Estados da Federação;
VI – criar e implantar roteiros e rotas turísticas;
VII – desenvolver e comercializar novos produtos turísticos;
VIII – analisar estudos relativos a levantamentos socioeconômicos e culturais, na área de turismo ou em outras áreas que tenham influência sobre as atividades e serviços de turismo;
IX – pesquisar, sistematizar, atualizar e divulgar informações sobre a demanda turística;
X – coordenar, orientar e elaborar planos e projetos de marketing turístico;
XI – identificar, desenvolver e operacionalizar formas de divulgação dos produtos turísticos existentes;
XII – formular programas e projetos que viabilizem a permanência de turistas nos centros receptivos;
XIII – organizar eventos de âmbito público e privado, em diferentes escalas e tipologias;
XIV – planejar, organizar, controlar, implantar, gerir e operacionalizar empresas turísticas de todas as esferas, em conjunto com outros profissionais afins, como agências de viagens e turismo, transportadoras e terminais turísticos, organizadoras de eventos, serviços de animação, parques temáticos, hotelaria e demais empreendimentos do setor;
XV – planejar, organizar e aplicar programas de qualidade dos produtos e empreendimentos turísticos, conforme normas estabelecidas pelos órgãos competentes;
XVI – emitir laudos e pareceres técnicos referentes à capacitação ou não de locais e estabelecimentos voltados ao atendimento do turismo receptivo, conforme normas estabelecidas pelos órgãos competentes;
XVII – lecionar em estabelecimentos de ensino técnico ou superior;
XVIII – coordenar e orientar levantamentos, estudos e pesquisas relativamente a instituições, empresas e estabelecimentos privados que atendam ao setor turístico.
Art. 3o ( VETADO).
Art. 4o ( VETADO).
Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 18 de janeiro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Paulo Roberto dos Santos Pinto
Gastão Vieira
Luíz Inácio Lucena Adams

Fonte: G1

Bilíngue na infância!

Para a maioria das crianças, a língua oficial do país onde vivem é, simultaneamente, língua materna e língua de escolarização – não o é, no entanto, para os Surdos. Para essa população, a língua de aquisição espontânea e natural terá de ser uma língua gestual. Há que lembrar, contudo, que a língua de escolarização, em que se aprende a ler, e se estuda, é uma língua oral (no nosso caso, a Língua Portuguesa), o que faz com que a escola precise de ensinar estas crianças a ler e a escrever, isto é, a conhecer o Português escrito. O uso de uma língua gestual e de uma língua oral torna imperioso que na educação da criança se tenha sempre presente o desenvolvimento de competências que lhe permitam funcionar, eficaz, cómoda e adequadamente nas duas línguas e nas duas comunidades.
A linguagem escrita é uma modalidade linguística de cariz secundário, no entanto, a impossibilidade de ler e escrever numa língua (sem o conhecimento da estrutura gramatical e do vocabulário da língua) é um problema real ao ensino das crianças surdas. Ao contrário do que acontece com as crianças ouvintes, a aprendizagem da leitura e da escrita, por parte dos Surdos, não pode partir da mobilização do conhecimento da língua oral; antes, é através da aprendizagem do vocabulário escrito e pelo ensino explícito da estrutura gramatical da língua oral que a criança surda, quando desconhecedora da língua oral, tem acesso ao conhecimento dessa língua, e assim extrai significado do material escrito – estamos assim diante da aprendizagem de uma segunda língua e não de um uso secundário de uma língua oral.
O grande objectivo do ensino da linguagem escrita é tornar o aluno autónomo na procura e uso de informação, que lhe permita a integração dessa informação na sua vida escolar e social.
É ainda imprescindível a aquisição da língua gestual nos primeiros anos de vida da criança, sob pena das seguintes consequências:
  1. o Surdo perderá a oportunidade de usar a linguagem;
  2. não irá recorrer ao planeamento para a solução de problemas;
  3. não adquirirá independência da situação visual concreta;
  4. não controlará seu próprio comportamento e o ambiente;
  5. não terá vida social adequada.

Fonte: Wikipédia

Escola bilíngue para surdos




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

América Latina vai ter a primeira escola bilíngue 2012

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As obras do campus em Palhoça estão em andamento e ficarão prontas no primeiro semestre de 2012


No dia 26 de setembro, data da fundação da primeira escola para surdos no país, é celebrado o Dia Nacional dos Surdos. Neste dia, a comunidade surda brasileira relembra as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, cidadania e as suas conquistas. Em Santa Catarina, a data também é comemorada juntamente com um grande avanço na educação de surdos representada pela criação do primeiro escola bilíngue - Libras-Português - da América Latina: o Campus Palhoça Bilíngue do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC).
O campus funciona atualmente em sede provisória na Faculdade Municipal de Palhoça (FMP), no bairro Ponte do Imaruim. As obras do campus estão em andamento, no bairro Pedra Branca, e ficarão prontas no primeiro semestre de 2012. O Campus Palhoça Bilíngue será a primeira unidade de ensino totalmente voltada para a oferta de educação profissional bilíngue - Libras/Português - na América Latina. Pessoas que querem se capacitar para trabalhar com o público surdo também são o público-alvo do campus.
“A implantação do Campus Palhoça-Bilíngue do IF-SC traz para o cenário brasileiro uma política de ensino, pesquisa e extensão que busca viabilizar uma efetiva interação entre surdos e ouvintes no campo educacional e profissional”, explica o diretor-geral do campus, Vilmar Silva. O diretor explica que a criação desse campus tem por base a formação de profissionais surdos e ouvintes na modalidade bilíngue, tanto no ensino presencial como a distância. 
Além de oferecer a educação profissional para alunos surdos, o IF-SC irá capacitar professores que vão atuar com esse público, desde a formação inicial e continuada até a pós-graduação. A estimativa é que a unidade bilíngue atenda a cerca de 1,2 mil alunos presenciais e outros mil no ensino a distância. Todos os cursos são gratuitos.

Fonte:http://www.adjorisc.com.br/